quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Alta do Hospital

O grande  dia chegou, depois de longos 42 dias, saí do Hospital. Lembro que foi um dia muito feliz, o Roriz foi me pegar e me levou até a casa da minha mãe. Ele já tinha me feito a proposta de morar com  ele, na casa dos pais dele. Disse que iria pra casa dos meus pais, mesmo sabendo que não iria dar muito certo, não deixaria de tentar.

Meu pai tem o temperamento muito forte e eu também, sempre bati de frente com ele, se não concordava com alguma coisa, dizia e defendia meu ponto de vista. Moro só desde os 18 anos  e desde os 15 anos já ganhava meu próprio dinheirinho, então ia ser um desafio grande dividir o mesmo teto. Dois dias depois tivemos nossa primeira discussão, porque ele  queria que  fosse pra igreja e eu  disse que obrigada não iria. Ainda fui adiante, disse que eu pedi pra morrer e que não pedi que ninguém fizesse promessa no meu nome. 

Tá, eu sei que  fui longe demais, mas meu pai tem que aprender a respeitar o tempo  das pessoas. Tinha acabado de sair do hospital, queria respirar e não queria pressão. Várias pessoas fizeram promessas pra eu melhorar, vou cumprir todas.

Combinei com o Roriz de me pegar na sexta e por conta disso foi um auê em casa, porque tinha que voltar  no Domingo e blá blá blá, quando vi que não  ia dar certo disse pro Roriz que aceitaria a proposta dele, apesar de que a mãe dele tem umas coisas que tiram a paciência de qualquer um, mas, segundo ele, já tinha sido conversado isso. Fui pra casa dele e quando foi na terça voltei pra casa pra falar com meu pai, acho que por conta do nervosismo, minha diabetes estava  perto da casa dos 200.

Fomos, ele  não falou nada, só escutou. A mãe arrumou minhas coisas e voltamos. Foi assim, limpo e seco. Eu gosto pra caramba dele, mas só nos damos bem morando em casas separadas.

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