domingo, 10 de novembro de 2013

Comprando passagem só de ida.

Da minha infância e adolescência, tinha pavor a mudança. Porque sempre deixava alguém para trás, da melhor amiga ao paquerinha. 

Quando cresci e criei asas, fiz dessa experiência com malas e estrada, uma rota de mudança. Seja para um emprego novo ou simplesmente pela sede de mudança, vai ver sempre tive esse espírito de cigano e demorei muito a aceitar. Confesso que por uns bons anos aquietei esse espírito, queria construir um lar, ter filhos, um jardim pra cuidar, um lugar pra repousar e esquecer essa rotina alucinante, nem que seja por um instante.

Desse desejo, tiro férias e coloco o pé na estrada novamente. Dessa vez, procuro por mudanças por mim e dentro de mim. Recebi a  pouco uma mensagem de uma amiga, que disse que esse texto, da Martha Medeiros, era a minha cara nesse momento:

“Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantia. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostos a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do zero inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. Sobem no palco, tosam o cabelo, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida.” 
E, foi exatamente o que fiz. Comprei passagem, só de ida.  

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Doce Novembro?

Odeio murmurar, mas as coisas estão tão difíceis que está impossível não pensar 24 horas nos problemas. Me separei, sei lá, há uns dois meses? Esperava que novembro fosse começar doce, mas continua amargo e azedo.

Essa semana recebi a carta do seguro de vida e... foi recusado. As contas continuam chegando e no trabalho, cada vez mais me afundando em problemas e pendências. As vezes chego a pensar que fui transferida para lá pra verem se eu pedia demissão, vai ver que tinham razão. Pois, definitivamente, não estou dando conta e isso é claro e evidente, até visível... Pelo tanto de folha em cima da minha mesa.

A única coisa boa que aconteceu foi que a Paulinha chegou da Alemanha e vai ficar entre nós até Janeiro e isso uniu a turma novamente. Já meu pai começou a reclamar das minhas saídas, aos finais de semana. Definitivamente nao dá pra agradar a todos e estou tão cansada que tenho até preguiça de ser polida e política.

Novembro, por favor, melhore.