sábado, 10 de novembro de 2012

A greve do coco!

Disseram que ia sair da UTI, dessa vez não criei expectativas, enquanto esperava vaga. Aliás, esse foi o primeiro grande aprendizado: "deixar as coisas acontecerem naturalmente, segundo a vontade de Deus". E, por conta disso, ainda esperei uns três a quatro dias.

Nesse período senti vontade de fazer coco, pelo que me lembrava fazia uns dias que não fazia, mas a médica não me liberou para ir ao  banheiro. Por três dias tomei laxante. A médica do plantão, Dra. Isabele, perguntou se pelo menos sentia  vontade, respondi  que não e que era algo psicológico. Só cagaria se ela me liberasse minha ida ao banheiro, ela recusou meu pedido (claro) e me propôs o seguinte: ela liberava uma cadeira higiênica, desde que na ala que estava. Aceitei, não tinha pra onde correr mesmo!

Eu juro que tentei,  me espremi, contei formiguinhas, olhei pro teto, cantei (mentalmente) uma música qualquer e só saiu uma bolinha, ou seja, o mesmo que nada. Isso só fez minha situação piorar, pois passei a me sentir empachada. Passaram-se dois dias e a Dra Isabele viu que não adiantaria me entupir de laxante e pense que o bicho era doce! Então ela ligou pra Dra. Ruth (a cardiologista) e só aí ela liberou a ida ao banheiro. Nossa! Foi o dia mais feliz que um coco pode ter. Sério.

Com isso, passei a tomar banho sozinha, sempre sob a supervisão de alguém, mas estava e isso pra mim era importante. Com  isso, a equipe médica percebeu que estava mais "independente" e me transferiram para um apartamento, finalmente saí da UTI! Se soubesse que uma greve de coco iria causar  tudo isso, teria usado essa técnica anteriormente (brincadeirinha).

Nenhum comentário:

Postar um comentário