quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quando tudo começou...

Sempre fugi desse negócio de escrever um diário, pois pra mim é deixar provas contra você mesmo. Porém, escrever minha rotina e lembranças fazem parte do tratamento, do qual vou explicar.

Em 10 de Abril de 2012 acordei com muita dor de  cabeça, como tinha fortes enxaquecas, achei que era mais uma. Fui no banheiro, tomei banho e tentei vomitar, em vão. Parece que a dor aumentou. Então sentei no sofá e peguei o telefone para discar pro meu namorado e simplesmente não conseguia! Sabia o número, mas não conseguia coordenar os  movimentos da mão com o que pensava, nesse momento vi que era algo sério e aos poucos estava desfalecendo. Então comecei a chorar e falar com Deus, lembro que eu perguntava: O Senhor vai me deixar morrer aqui, sozinha?

Tentei ligar para o 190 e pedir socorro, depois de muitas tentativas, consegui,  caiu na secretária eletrônica e aí me perguntei: Quem que está morrendo pode esperar? Mas, mesmo assim, esperei por cerca de 5 minutos e nada. Lembro de ter pensado: me recuso a morrer só. Juntei forças e pedi socorro pelo interfone, pedi para o porteiro ligar para a ambulância e dei o número da casa do Roriz pra ele avisar, deixei a porta do apartamento aberta e apaguei. Tudo que tenho, desde então, são relances de lembranças.

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